ORIENTAÇÕES PARA A QUARESMA E SEMANA SANTA – 2021

Levando-se em conta as restrições a que estamos atualmente sujeitos por causa da pandemia de covid19 na Cidade do Rio de Janeiro, principalmente o impedimento de aglomerações, apresentamos as seguintes orientações para as celebrações da Quaresma deste ano de 2021. É importante lembrar que o distanciamento social, a utilização de máscaras, a higienização das mãos e sanitização dos locais, com possível aferição de temperatura, continuam obrigatórios. Caso haja modificações das orientações sanitárias pelas autoridades municipais as normas abaixo poderão sofrer modificações.

Confissões:

Recomendamos aos párocos disponibilizar e divulgar amplamente, desde as primeiras semanas da Quaresma, mais horários e locais de atendimento ao povo de Deus, para a celebração individual ou em pequenos grupos para o sacramento da reconciliação. Os fiéis sejam instruídos a procurar o sacerdote quando necessário, evitando, se possível, as últimas semanas do tempo quaresmal, para não causar aglomeração. Para outras necessidades, a Cúria Metropolitana poderá ser consultada.

Semana Santa:

Nas Paróquias, a cada dia da Semana Santa, as celebrações serão realizadas respeitando a ocupação máxima de 30% da capacidade do espaço sagrado, tomando-se todos os cuidados já recomendados em nossas orientações anteriores.

Dentro do possível, todas as celebrações sejam transmitidas pelos meios de comunicação disponíveis. Nas paróquias em que há mais de um sacerdote, cada um poderá celebrar em horário ou local diferente, para favorecer a maior presença e participação de fiéis. Podem ser transmitidos também outros atos de piedade. Podemos aproveitar do espaço de tempo nos meios de comunicação para reflexões, orientações e espiritualidade pascal.

As Celebrações litúrgicas, em razão da necessária brevidade, poderão ser executadas na forma mais simples e preferindo-se, de acordo com as normas litúrgicas, as leituras e ritos mais breves. Também, em vista disso, a realização pública de procissões, devoções e atos culturais conexos com os acontecimentos desse tempo (p.ex. Via Sacra, Sermão das Sete Palavras e outras atividades) só poderão ser realizados movimentando-se apenas o presidente da celebração e os acólitos necessários, sendo que os demais devem permanecer nos bancos. Os atos com movimentação do povo ou sejam omitidos, ou celebrados sem a participação do povo e apenas transmitidos pelos meios de comunicação.

No Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor não haverá procissão. Nas igrejas seja adotada a segunda ou a terceira forma previstas pelo Missal Romano.

A Missa do Crisma, na Quinta-Feira Santa, grande momento de comunhão eclesial, será celebrada, às 9h do dia 01 de abril, na Catedral Metropolitana, com a presença do clero e de fiéis, respeitando as normas sanitárias.

A Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, se realizará sem o lava-pés. O Santíssimo Sacramento será levado ao sacrário ou outro local conveniente ao final da celebração, desde que não c            ause aglomeração de pessoas.

Na Celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa, a adoração da Santa Cruz será feita de acordo com a segunda forma prevista no Missal e o beijo será omitido.

Deve ser acrescentada, na Oração Universal, uma intenção especial pelos doentes, pelos falecidos e pelos que sofreram alguma perda durante a pandemia conforme sugestão abaixo:

  1. Oremos, irmãos e irmãs, pelos afetados pela pandemia de COVID-19:

 “Deus eterno e todo-poderoso, amparo em todos os perigos, dirigi o vosso olhar de modo propício para nós que com fé vos suplicamos na tribulação e concedei descanso eterno aos defuntos, alívio aos que choram, saúde aos doentes, paz aos que morrem, força aos que trabalham na saúde, sabedoria aos governantes, e espírito de proximidade a todos, para glorificarmos juntos o vosso santo nome. Por Cristo, nosso Senhor.”

Na Celebração da Vigília Pascal, a benção do fogo pode ser feita de maneira simplificada, por exemplo na entrada da igreja, usando uma tocha ou gravetos numa pequena bacia de metal ou caldeira, e com o povo participando já no interior da igreja (sem procissão ou deslocamento). Na Liturgia da Palavra deverão ser feitas apenas as três leituras obrigatórias do Antigo Testamento, a Epístola e o Evangelho.

No Domingo de Páscoa e em todos os dias seguintes, festivos e feriais, recomenda-se que as celebrações da Santa Missa e de outros atos de piedade, se possível, continuem sendo transmitidos e divulgados.

Os fiéis que acompanharem as celebrações pelos meios de comunicação, sejam orientados a fazer a comunhão espiritual, recomendada pelo Papa Francisco, com a fórmula composta por ele ou outras devidamente aprovadas pela Igreja.

Dom Célio da Silveira Calixto Filho 

Bispo Referencial da Comissão Arquidiocesana de Pastoral da Liturgia

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