Da humanidade de Jesus nasce a vida para o mundo novo
Deus criou o homem à sua imagem (Gn 1,27). Mais ainda: na plenitude dos tempos, a Palavra se fez gente e habitou entre nós. E de sua plenitude todos nós recebemos um amor que corresponde ao seu amor (Jo 1,14-16). Um Deus próximo, que fala com as pessoas, anima-as e sustenta-lhes a caminhada em meio a situações de morte (I leitura). Um Deus tão humano e próximo que doa sua carne para a vida do mundo (evangelho). Os filhos desse Deus, vivendo na dimensão do homem Novo, criam laços de fraternidade e comunhão na comunidade, pois ser filhos amados de Deus é, simplesmente, amar e entregar-se à comunidade, como Cristo amou e se entregou (II leitura).
I Reis 19, 4-8 – Em meio à morte, o profeta caminha para a vida. O profeta é perseguido quando desmascara as aparências que encobrem uma política opressora. Ameaçado de morte, Elias foge. Sua fuga, porém, se transforma na busca da fonte original, que é a fé já vista. O monte Horeb (Sinai), lugar da aliança com Deus, é o ponto de partida para se formar uma sociedade justa e fraterna. Nessa experiência do Deus libertador, o profeta descobre os próximos passos a dar: reunir as pessoas fiéis ao projeto de Javé, criar um novo quadro político, e providenciar um substituto para a sua missão.
João 6,41-51 – Da humanidade de Jesus nasce a vida para o mundo. Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens. Seus adversários não admitem que um homem possa ter origem divina e, portanto, possa dar a vida definitiva.
Efésios 4,30-5,2 – A fotografia do homem novo. Paulo convida os cristãos à conversão contínua. Ele dá exemplos concretos do que significa essa passagem: da mentira para a verdade; do roubo para o trabalho honesto, que leve a partilhar com os que nada têm; da palavra inconveniente para a palavra construtiva; do comportamento egoísta para a generosidade recíproca.
Paulo presenta o princípio que rege a vida nova: imitar a Deus, vivendo o amor, como viveu Jesus Cristo.