T – Senhor sois nossa esperança. Sois beleza, sois segurança. (3vz)
D: Cristo nos mostra que não podemos ser indiferentes a dor do outro, e diante do caos que se encontra nosso mundo devemos nos unir em oração como bem nos orientou nosso Papa Francisco, por todos os irmãos que sofrem por causa de todo tipo de violência que chega ao nosso conhecimento. Unamos o nosso coração com tantos corações dilacerados pela dor e desolação. Cristo é nossa Esperança, por isso confiamos a Ele tudo o que feri a dignidade humana. Irmãs, rezemos pela paz em nosso mundo, em nosso país e em especial na Síria onde nossos irmãos sofrem ameaças e atentados constantes.
T- Em nome do Pai.
Acreditamos que a violência não pode ser a tônica das relações humanas. E temos fé naquele que nos ilumina com suas palavras: Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9).
Canto:
É bonita demais, é bonita demais, a mão de quem conduz a bandeira da paz. (bis)
1) É a paz verdadeira,/ que vem da justiça, irmão./ É a paz da esperança,/ que nasce de dentro do coração. (bis)
2) É a paz da verdade, da pura irmandade do/ amor, paz da comunidade, que busca igualdade, ô, ô. (bis)
3) Paz que é graça e presente, na vida da gente/ de fé, paz do onipotente, Deus na nossa frente, Javé. (bis)
D- Graças e Louvores
Silêncio – Oração Pessoal ( Sentados)
L- João Paulo II nos advertiu que vivemos em uma época na qual se utiliza constantemente a violência para solucionar os conflitos. Ele dizia: Nota-se a tentação de fazer apelo mais ao direito da força que à força do direito.
T- Bem aventurado, os que promovem a paz.
L- Nessa mensagem, o saudoso João Paulo II se dirigia aos chefes das nações, aos juristas, aos educadores, as pessoas que fazem uso do terrorismo em defesa de ideias, e insistia:
T: “A paz continua ainda possível. E, se é possível, então a paz é um dever!”.
L- A paz deve se conquistada. Conquista esta que não necessita de armas, mas que precisa de nosso amor, do esforço diário para mudar atitudes, da oração, reflexão e trabalho constantes em busca da construção de relações pacificas.
L- A paz deve estar presente em nosso coração, na família, na escola, no trabalho, na cidade, no estado, no país, no mundo. Não adianta sonharmos com a paz entre as nações, se ela não está presente em nossas relações cotidianas. Somos chamadas à conversão. Somos vocacionadas e a sermos construtoras da paz.
Canto: Virá um dia em que todos/ Ao levantar a vista/ Veremos nesta terra/ Reinar a liberdade (bis)1) Minha alma engrandece o Deus libertador/ Se alegra meu espírito em Deus meu Salvador/ Pois ele se lembrou do seu povo oprimido/ E fez de sua serva a mãe dos esquecidos
2) Imenso é o seu amor, sem fim sua bondade/ Pra todos que na terra lhe seguem na humildade/ Bem forte é nosso Deus, levanta o seu braço/ Espalha os soberbos, destrói todo pecado
3) Derruba os poderosos dos seus tronos erguidos/ Com sangue e suor de seu povo oprimido/ E farta os famintos, levanta os humilhados/ Arrasa os opressores, os ricos e os malvados
4) Protege o seu povo com todo o carinho/ Fiel e seu amor, em todo o caminho/ Assim é o Deus vivo que marcha na história/ Bem junto do seu povo, em busca da vitória
5) Louvemos nosso Pai, Deus da libertação/ Que acaba com a injustiça, miséria e opressão/ Louvemos os irmãos que lutam com valia/ Fermentando a história, virá o grande dia
Silêncio – Oração Pessoal
Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós!
Palavra de Deus
( De pé)
D- As notícias presentes nos meios de comunicação apresentam um mundo caótico: assaltos, guerras, violência doméstica, corrupção, injustiça, pobreza material e espiritual. Mas a Palavra de Deus nos traz a esperança.
Canto de aclamação:
Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia// Ponho- me a ouvir/ o que o senhor dirá/ Ele vai falar/ vai falar de paz/ Pela minha voz/ pelas minhas mãos/ Jesus Cristo vai/ vai falar de Paz
Mateus 5, 1-12a (leitura partilhada – negrito todos)
D- Naquele tempo, vendo Jesus a multidão, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:
L-Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus;·.
L-Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados;
L-Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra;
L-Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados;
L-Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
L-Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus;
L-Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus;
L-Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
L-Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. ·.
Silêncio – Oração Pessoal
Canto: 1) Cristo, quero ser instrumento de tua paz e do teu infinito amor. Onde houver ódio e rancor que eu leve a concórdia, que eu leve o amor.
Onde há ofensa que dói, que eu leve o perdão/ onde houver a discórdia, que eu leve a união e tua paz.
2) Onde encontrar um irmão a chorar de tristeza sem ter voz e nem vez, quero bem no seu coração semear alegria pra florir gratidão.
3) Mestre, que eu saiba amar compreender, consolar e dar sem receber quero sempre mais perdoar trabalhar na conquista e vitória da paz.
REFLEXÃO: Homilia do Papa na vigília de oração pela paz
(Sentados)
D.: «Deus viu que isso era bom» (Gn 1,12.18.21.25). A narração bíblica da origem do mundo e da humanidade nos fala de Deus que olha a criação, quase a contemplando, e repete uma e outra vez: isso é bom. Isso nos permite entrar no coração de Deus e recebermos a sua mensagem que procede precisamente do seu íntimo.
L 1: (…) Isso quer nos dizer que o nosso mundo, no coração e na mente de Deus, é “casa de harmonia e de paz” e espaço onde todos podem encontrar o seu lugar e sentir-se “em casa”, porque é “isso é bom”. Toda a criação constitui um conjunto harmonioso, bom, mas os seres humanos em particular, criados à imagem e semelhança de Deus, formam uma única família, em que as relações estão marcadas por uma fraternidade real e não simplesmente de palavra: o outro e a outra são o irmão e a irmã que devemos amar, e a relação com Deus, que é amor, fidelidade, bondade, se reflete em todas as relações humanas e dá harmonia para toda a criação. O mundo de Deus é um mundo onde cada um se sente responsável pelo outro, pelo bem do outro. (…)
L 2: (…) A criação conserva a sua beleza que nos enche de admiração; ela continua a ser uma obra boa. Mas há também “violência, divisão, confronto, guerra”. Isto acontece quando o homem, vértice da criação, perde de vista o horizonte da bondade e da beleza, e se fecha no seu próprio egoísmo.
L1: Quando o homem pensa só em si mesmo, nos seus próprios interesses e se coloca no centro, quando se deixa fascinar pelos ídolos do domínio e do poder, quando se coloca no lugar de Deus, então deteriora todas as relações, arruína tudo; e abre a porta à violência, à indiferença, ao conflito. É justamente isso o que nos quer explicar o trecho do Gênesis em que se narra o pecado do ser humano: o homem entra em conflito consigo mesmo, percebe que está nu e se esconde porque sente medo (Gn 3, 10); sente medo do olhar de Deus; acusa a mulher, aquela que é carne da sua carne (v. 12); quebra a harmonia com a criação, chega a levantar a mão contra o seu irmão para matá-lo. (…) onde há violência, desavença, confronto, medo…L: É justamente nesse caos que Deus pergunta à consciência do homem: «Onde está o teu irmão Abel?». E Caim responde «Não sei. Acaso sou o guarda do meu irmão?» (Gn 4, 9). Esta pergunta também se dirige a nós, assim que também a nós fará bem perguntar:
– Acaso sou o guarda do meu irmão? Sim, tu és o guarda do teu irmão! Ser pessoa significa sermos guardas uns dos outros! Contudo, quando se quebra a harmonia, se produz uma metamorfose: o irmão que devíamos guardar e amar se transforma em adversário a combater, a suprimir. Quanta violência surge a partir deste momento, quantos conflitos, quantas guerras marcaram a nossa história! Basta ver o sofrimento de tantos irmãos e irmãs. Não se trata de algo conjuntural, mas a verdade é esta: em toda violência e em toda guerra fazemos Caim renascer. Todos nós! E ainda hoje prolongamos esta história de confronto entre irmãos, ainda hoje levantamos a mão contra quem é nosso irmão. Ainda hoje nos deixamos guiar pelos ídolos, pelo egoísmo, pelos nossos interesses; e esta atitude se faz mais aguda: aperfeiçoamos nossas armas, nossa consciência adormeceu, tornamos mais sutis as nossas razões para nos justificar. Como fosse uma coisa normal, continuamos a semear destruição, dor, morte! A violência e a guerra trazem somente morte, falam de morte! A violência e a guerra têm a linguagem da morte!
L2: (…) É possível percorrer outro caminho? Podemos sair desta espiral de dor e de morte? Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o caminho da paz? Invocando a ajuda de Deus, sob o olhar materno da (…) Rainha da paz, quero responder: Sim, é possível para todos! Esta noite queria que de todos os cantos da terra gritássemos: Sim, é possível para todos! E mais ainda, queria que cada um de nós, desde o menor até o maior, inclusive aqueles que estão chamados a governar as nações, respondesse: – Sim queremos! A minha fé cristã me leva a olhar para a Cruz. Como eu queria que, por um momento, todos os homens e mulheres de boa vontade olhassem para a Cruz! Na cruz podemos ver a resposta de Deus: ali à violência não se respondeu com violência, à morte não se respondeu com a linguagem da morte.
L1: No silêncio da Cruz se cala o fragor das armas e fala a linguagem da reconciliação, do perdão, do diálogo, da paz. Queria pedir ao Senhor, nesta noite, que nós cristãos, os irmãos de outras religiões, todos os homens e mulheres de boa vontade gritassem com força: a violência e a guerra nunca são o caminho da paz! Que cada um olhe dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão e não acrescentes mais dor, segura a tua mão, reconstrói a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro! Que acabe o barulho das armas! A guerra sempre significa o fracasso da paz, é sempre uma derrota para a humanidade.
L1: Ressoem mais uma vez as palavras de Paulo VI: «Nunca mais uns contra os outros, não mais, nunca mais… Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra! (…). «A paz se afirma somente com a paz; e a paz não separada dos deveres da justiça, mas alimentada pelo próprio sacrifício, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade» (…). Perdão, diálogo, reconciliação são as palavras da paz: na amada nação síria, no Oriente Médio, em todo o mundo! Rezemos pela reconciliação e pela paz, e nos tornemos todos, em todos os ambientes, em homens e mulheres de reconciliação e de paz. Amém.
Silêncio – Partilha
Preces espontâneas
Resposta: Senhor sois nossa esperança. Sois beleza, sois segurança.
D: Jesus Cristo nos convoca a sermos pessoas novas. A sermos sal da terra, luz do mundo e fermento na massa. Como cristãos não podemos nos resignar com o noticiário que apresenta uma realidade sem esperança. Jesus nos mostra que o fundamento da paz está na justiça e no perdão. Maria, os santos e santas, seguiram o exemplo do mestre e testemunharam que o Reino de Deus começa aqui e agora. Como vocacionados do Pai, somos chamados a testemunhar a mesma fé.
T: Desarmados e confiantes, queremos defender a dignidade de toda criação, partilhando, hoje e sempre, o pão da solidariedade e da paz.
Anim.: Cantemos juntos o Pai Nosso dos Mártires
Pai nosso, dos pobres marginalizados/ Pai nosso, dos mártires, dos torturados./ Teu nome é santificado naqueles que morrem defendendo a vida,/ Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida/ Teu reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão/ Maldita toda a violência que devora a vida pela repressão./ O, o, o, o, O, o, o, o
Queremos fazer Tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador,/ Não vamos seguir as/ doutrinas corrompidas pelo poder opressor./ Pedimos-Te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões./ O pão que traz humanidade, que constrói o homem em vez de canhões/ O, o, o, o, O, o, o, o
Perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte,/ Perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é mais forte./ Protege-nos da crueldade, do esquadrão da morte, dos prevalecidos/ Pai nosso revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos/ Pai nosso, revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos/ O, o, o, o, O, o, o, o.·.
Pai nosso, dos pobres marginalizados/ Pai nosso, dos mártires, dos torturados.
D: Rezemos juntos três Ave-Maria, pedindo a benção e proteção de Maria a Rainha da Paz…
D.: A nossa fé não é uma utopia. Acreditamos na construção de um novo tempo de paz e amor. E Cristo nos envia para a realização de seu profeto de vida plena para todos. Nesta certeza. Cantemos.
Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança brilhar, eu vou cantar. Quando o povo nas ruas sorrir, e a roseira de novo florir, eu vou cantar. Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se encherem de pão, eu vou cantar. Quando os muros que cercam os jardins, destruídos então os jasmins, vão perfumar.
Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada, de novo. No olhar do homem a certeza do irmão. Reinado, do povo.
Quando as armas da destruição, destruídas em cada nação, eu vou sonhar. E o decreto que encerra a opressão, assinado só no coração, vai triunfar. Quando a voz da verdade se ouvir, e a mentira não mais existir, será enfim, tempo novo de eterna justiça, sem mais ódio, sem sangue ou cobiça, vai ser assim.
(De Joelhos)
Tão sublime Sacramento, adoremos neste altar
Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar
Venha a Fé, por suplemento, os sentidos completar
Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador
Ao Espírito exaltemos, na Trindade Eterno Amor
Ao Deus Uno e Trino demos a alegria do louvor
Amém! Amém!
Anim.: A celebração da vida não se encerra nunca. A Trindade está conosco a cada momento. Como diz o salmista, o Senhor nos sonda, seu amor ultrapassa todo entendimento, sua misericórdia questiona a nossa forma legalista de encarar o mundo. A espiral de violência somente pode ser quebrada com o amor.
T- Não podemos nos render aos que pregam o uso da força acima do direito, da justiça e do amor.
Bendigamos ao Senhor…
Pai, filho e Espírito Santo, Amém!