Jesus, mestre da justiça, Rei e Messias
Sentimo-nos desconcertados numa sociedade competitiva, que privilegia a concentração da liberdade (aspecto econômico), gerando violência e alienando as pessoas. O que é capaz de satisfazer os anseios mais profundos de dignidade e vida plena? Como realizar o projeto de Deus? O que significa ser cristão hoje?
A leitura nos apresenta a missão do Servo Sofredor plenamente moldável nas mãos de Javé e suficientemente coerente na execução de sua missão, passando por cima do que é capaz de mexer com os brios de qualquer pessoa: ofensas, violência, perda da honradez.
Lendo a Paixão de Jesus segundo Marcos descobrimos as raízes da sociedade injusta que mata inocentes e indefesos. É uma opção política pela morte, gerando a morte do povo. Os excluídos e os condenados de hoje são nossos juízes. Ao mesmo tempo, ficamos sabendo em que sentido Jesus é o Messias, o Filho de Deus.
Celebrando o dia de Ramos, Paulo pede que examinemos se o nosso projeto de vida coincide com o de Jesus, servo obediente até o fim, ou se pautamos nossa vida segundo as leis da sociedade injusta (II leitura).
Isaias 50,4-7: A missão do Servo Sofredor. Terceiro Canto do servo de Javé: paciência e confiança – O primeiro canto do Servo fala da vocação ( Is 42; Batismo do Senhor); o Segundo canto mostra a dificuldade de sua missão (Is 49,1-6); o Terceiro canto (hoje) descreve o Servo como sendo o perfeito discípulo, o profeta fiel, que não teme oposição e perseguição, pois está lado de Deus (Fl 2,6-11).
Marco 14,1-15-47: Jesus é o Messias, o Filho de Deus. Paixão segundo São Marcos – Três vezes, Mc lembrou que Jesus anunciou a paixão e morte do Filho do homem (10,45). Agora chegou a hora da realização (14,21.41). É a hora da dispersão do pastor e das ovelhas (14,27), mas já está sob o sinal da nova reunião, depois da ressurreição (14,28) É a hora em que o Filho do Homem vai, para vir de novo com poder judicial de Deus (2,10). É a hora da incredulidade de Israel, mas também da fé do mundo universal (12,1-11) expressa pelo centurião ao pé da cruz, proclamando Jesus Filho de Deus (15,39).
Filipenses 2,6-11: O despojamento de Jesus Cristo por nós e sua exaltação – o filho de Deus se tornou servo, obediente à vontade do Pai e exposto aos poderes deste mundo. No serviço fiel até a morte da cruz, mostrou sua grandeza. Por isso, Deus o glorificou e o tronou “Senhor”