Morrer é viver
No dia em que celebramos os mortos, tudo fala de vida, de mundo que podemos afirmar, com toda certeza e alegria, que morrer é viver. A razão disso tudo é a pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, primeiro fruto dentre os que ressuscitado, primeiro fruto dentre os que ressuscitam dos mortos, nosso irmão mais velho e vencedor da morte.
A morte, para o cristão, é a pedra de toque de sua vida. Dá seriedade à sua vida. Valoriza, na vida, o que ultrapassa os limites da matéria, que é “só para esta vida”(1 Cor 15,19). Abre-nos para o que é realmente criativo e supera o dado natural da gente. Um antegosto daquilo que ´”vida pneumática” , a gente o tem quando se supera a si mesmo, por exemplo., negando seus próprios interesses em prol do outro. O verdadeiro amor implica, necessariamente, não morrer a si mesmo. É uma superação do homem material. São estas as realidades espirituais que encontrarão confirmação definitiva e inabalável na morte. Na morte, a melhor parte da gente se torna inacessível à instabilidade desta existência. A morte é nossa confirmação na mão de Deus: Ressurreição.
Lamentação 3,17-23 – O autor participa da experiência de um povo arruinado pela invasão inimiga. A experiência o levou até o fundo da miséria e desespero; mas aí ele encontrou motivos de esperança para transmitir ao seu povo: Deus castiga, mas a sua justiça e misericórdia são bem maiores que o castigo.
1 tessalonicenses 4-13-18 –Paulo tenta resolver dificuldades certamente relatadas por Timóteo. Parece que os tessalonicenses receavam que os cristãos já falecidos não iriam participar da parusia ou manifestação final de Jesus. O Apóstolo afirma que não será importante estar entre os mortos ou entre os vivos. A ressurreição de Cristo é promessa e garantia da ressurreição dos mortos. Os mortos, portanto, ressuscitarão e se unirão aos que ainda estiverem vivos, a fim de formarem um só cortejo ao encontro do Cristo glorioso. Todos os fiéis estarão com o Senhor, para sempre. Cf. também a introdução a esta carta.
João 12,23-28 – Temos aqui duas concepções sobre o Messias. Seguindo a tradição transmitida pelos dirigentes, o povo aclama Jesus como um rei político. Mais tarde, essa ideia será transformada em motivo da condenação de Jesus. Por outro lado, Jesus se apresenta como o Messias predito pelas Escrituras, mostrando porém sua verdadeira missão: dar a vida para salvar e reunir o povo.