O programa de Jesus: libertar os pobres
A comunidade cristã, nascida da Palavra de Deus, se reúne para partilhar a mesma fé e partir o pão da Eucaristia. Ao lado do pão consagrado, a Palavra ocupa o centro de nossas atenções, ensinando-nos a construir o mundo novo que nasce da partilha dos bens da criação, da mesma forma como Jesus partilha seu corpo entre os membros da comunidade cristã (I leitura)
Celebrar a Eucaristia é fazer memória da prática libertadora de Jesus. O que ele anunciou na sinagoga de Nazaré realiza-se no hoje de nossa caminhada eclesial. A Eucaristia é o lugar para o qual convergem e se fundem o programa de Jesus e a caminhada das comunidades cristãs. Hoje, em nossas celebrações, se realiza a Escritura que ouviremos(evangelho).
Eucaristia é celebração de irmãos, membros do corpo de Cristo. Gestos e sentimentos de solidariedade para com os pobres e marginalizados, com os que não tem voz ou vez, acolhendo-os fraternalmente, fazem com que rupturas ou mutilações (II leitura).
Neemias 8,2-4 a. 5-6.8-10: A Palavra de Deus gera comunidade e provoca partilha. Em 458 aC, o escriba Esdras voltou com um grupo de judeus da Babilônia. Dois meses depois, convocou o povo para renovar a Aliança, mediante a proclamação do livro da Lei, instituída no Sinai. São os albores do judaísmo moderno: o centro já não é o sacrifício, mas a leitura da Lei.
Lucas 1,1-4;4,14-21: O programa de Jesus: libertar os pobres. O Evangelho de Lucas nasce de uma pesquisa, destinada a escrever ordenadamente o que a Igreja primitiva transmitia através da catequese. A esterilidade e velhice marcam a vida desse casal justo, e o tornam objeto de humilhação pública. Zacarias e Isabel representam a comunidade dos pobres e oprimidos, que dependem de Deus. Deus se volta para esses pobres: deles nascerá João, o último profeta da antiga Aliança. João abrirá o caminho para a chegada do Messias, que iniciará a história da libertação dos pobres (cf. nota em Ml 3,22-24).
1 Corinto 12, 12-30: Quem é importante na comunidade? Paulo expõe as linhas-mestras do comportamento cristão, principalmente no que se refere à vida comunitária. A vida cristã deve ser inteiramente penetrada de sincero amor fraterno que, sem fraquezas ou simulações, enfrente todas as situações, sem excluir ninguém, nem os inimigos. Os vv. 9-13.15-16 se referem ao amor entre os irmãos da comunidade.