Há limite para o pecado?
As comunidades se reúnem para celebrar a fé e a certeza de que pertencem ao Senhor: “Ninguém de nós vive para si mesmo e ninguém de nós morre para si mesmo. Pois se vivemos, é para o Senhor vivemos, e se morremos, é parra o Senhor que morremos” (II leitura). A vitória de Cristo sobre a morte é a grande lição que aprendemos no dia de hoje. Sua morte nos perdoou os pecados, uma dívida impagável que tínhamos com Deus. Dessa certeza nasce nosso compromisso de perdoar sempre e totalmente, exatamente como pedimos no Pai-nosso: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendidos.
Eclesiástico 27,33-28,9 – Perdoar para ser perdoado. Somente Deus conhece o mais fundo da nossa vida e história. Por isso, só ele pode avaliar e julgar nossos atos, fazendo justiça. O texto leva diretamente ao «Pai nosso»: «Perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos aqueles que nos devem» (Lc 11,4). «Se vocês não perdoarem aos homens, o Pai de vocês também não perdoará os males que vocês tiverem feito» (Mt 6,15).
Matheus 18,21-35: Há limite para o perdão? Na comunidade de Jesus não existem limites para o perdão (setenta vezes sete). Ao entrar na comunidade, cada pessoa já recebeu do Pai um perdão sem limites (dez mil talentos). Avida na comunidade precisa, portanto, basear-se no amor e na misericórdia, compartilhando entre todos esse perdão que cada um recebeu.
Romanos 14,7-9: Pertencemos ao Senhor. A comunidade cristã, que verdadeiramente possui objetivo e procura realizá-lo com convicção, não se perde em questões secundárias; estas podem provocar desunião e dispersar as forças necessárias para se atingir a meta proposta. E o principal na vida cristã é viver para Deus, dando testemunho de Jesus Cristo. Nas coisas secundárias, cada um deve agir segundo a sua própria convicção.
Mensagem – somente o perdão pode salvar uma comunidade da ruína, e esse perdão precisa ser contínuo e total. Sem colocar limites.