A morte não pode mais opor-se à vida
“Duelam forte e mais forte é a vida que vence a morte”. A vida é mais forte. O amor supera e vence a morte. O silêncio da vigília pascal está grávido de aleluia. Os que crêem em Cristo já podem preparar a festa, como as mulheres que, ao contemplar de longe o lugar em que depositaram o corpo de Jesus, teimavam em crer que a vida é mais forte, e foram premiadas por sua fé e coragem. Nosso último inimigo foi vencido. As portas da vida que não termina foram abertas pelo primogênito dentre os mortos, a brilhante estrela da manhã.
Gêneses 1,1-31: A criação
Gêneses 22,1-18: Sacrifício de Isaac
Êxodo 14,15-15,1: Passagem do Mar Vermelho
Isaias 54,5-14: Renovação das núpcias de Javé com Israel
Baruc 3,9-15.32-38 Israel deve voltar à fonte da sabedoria, Deus
Romanos 6,3-11: Jesus foi morto por um sistema social injusto, pecaminoso e mortal. Mas Deus o ressuscitou para sempre, condenando assim o sistema que matou Jesus. Pela fé e o batismo, o cristão participa da morte e ressurreição de Jesus. Em outras palavras, cristão é aquele que passa por uma transformação radical: rompe com o sistema pecaminoso, gerador de injustiça e morte, e ressuscita para viver vida nova, a fim de construir uma sociedade nova, que promova a justiça e a vida.
Marcos 16,1-7: Estes versículos são o final primitivo do Evangelho de Marcos. O túmulo vazio é o sinal de que a ação de Deus em Jesus não termina aí, na morte e no medo. Jesus de Nazaré ressuscitou e vai estar de novo no lugar onde havia começado sua atividade: na Galiléia (1,14). Os discípulos só poderão encontrar-se de novo com Jesus, se continuarem o projeto por ele iniciado. Jesus ressuscitado não é apenas um corpo redivivo, mas uma presença contínua entre aqueles que continuam o seu caminho. O Evangelho de Marcos é somente o começo (1,1), a introdução de um livro muito maior, que deverá narrar a Boa Notícia de Jesus, o Messias, o Filho de Deus, através dos seus discípulos em todos os tempos e lugares.